7 tratamentos naturais para os sintomas da pré-diabetes
Os sintomas de pré-diabetes podem passar despercebidos, mas o primeiro sinal é que você não tem níveis normais de açúcar no sangue. Ter um diagnóstico de pré-diabetes é um sinal de alerta para o desenvolvimento da diabetes se não for feita mudanças sérias de estilo de vida.
A Federação Internacional de Diabetes projeta um aumento na prevalência de pré-diabetes para 471 milhões em todo o mundo até 2035. Felizmente, pesquisas mostram que uma mudança no estilo de vida pode diminuir a porcentagem de pacientes pré-diabéticos desenvolverem diabetes de 37% para 20%.
O que é a pré-diabetes?
A pré diabetes é uma condição definida por ter níveis de glicose no sangue acima do normal, mas abaixo do limite definido para diabetes. É considerada um estado de risco, com altas chances de desenvolver diabetes. Sem intervenção, as pessoas com pré-diabetes são susceptíveis a se terem diabetes tipo 2 dentro de alguns anos.
A pré-diabetes é um novo nome para um distúrbio que os médicos conhecem há muito tempo. Um diagnóstico de pré-diabetes é uma forma clara de explicar que uma pessoa tem níveis anormais de glicose no sangue e está em risco de desenvolver diabetes, além de um maior risco de doença renal crônica e doenças cardíacas. Quando as pessoas entendem que são pré-diabéticas, devem começar a fazer mudanças no estilo de vida que podem reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2, razão pela qual é importante notar os sintomas de pré-diabetes.
Causas e fatores de risco para a pré-diabetes
Pessoas com pré-diabetes não processam a glicose corretamente, o que faz com que o açúcar se acumule na corrente sanguínea em vez de abastecer as células que compõem os músculos e outros tecidos. A maior parte da glicose em seu corpo vem dos alimentos que você come, especialmente alimentos açucarados e carboidratos simples. Durante a digestão, o açúcar desses alimentos entra na corrente sanguínea. Então, com a ajuda da insulina, o açúcar entra nas células do corpo, onde é utilizado como fonte de energia.
O hormônio insulina é responsável por diminuir a quantidade de açúcar em sua corrente sanguínea. Seu nível de açúcar no sangue cai, com a secreção de insulina do pâncreas. Para pessoas com pré-diabetes, este processo não funciona adequadamente. O açúcar não é usado para alimentar suas células. Em vez disso, ele se acumula na sua corrente sanguínea porque o pâncreas não produz insulina suficiente ou suas células se tornam resistentes à ação da insulina.
Os pesquisadores descobriram que existem variáveis para determinar quem está em risco de pré-diabetes. Os fatores de risco para pré-diabetes incluem:
– Idade: O risco de desenvolver pré-diabetes aumenta à medida que envelhecemos. Se você tem mais de 45 anos, está em um risco maior. Isso pode ser devido a uma falta de exercícios ou ganho de peso em idade avançada.
– Sexo: As mulheres desenvolvem diabetes 50% mais frequentemente do que os homens.
– Hipertensão arterial: A pressão arterial elevada é um fator de risco para pré-diabetes.
– Colesterol: Altos níveis de colesterol ruim também indicam que você pode estar em risco de desenvolver pré-diabetes.
– Excesso de peso: Se você está acima do peso e tem um índice de massa corporal acima de 25, está em risco de desenvolver pré-diabetes. Quanto mais tecido gorduroso que você tem, especialmente em torno do abdômen, mais resistentes suas células se tornarão à insulina.
– Inatividade física: Se você for inativo, está aumentando suas chances de desenvolver pré-diabetes. O exercício físico regular ajuda a manter o controle do peso e garante que seu corpo use a glicose como energia, tornando suas células mais sensíveis à insulina.
– Histórico familiar: Se um parente de primeiro grau, como seus pais ou irmãos, têm diabetes, você está em um maior risco de desenvolver essa doença.
– Síndrome do ovário policístico: A síndrome do ovário policístico é uma condição caracterizada por períodos menstruais irregulares, excesso de pelos e obesidade. Uma pesquisa mostrou que a síndrome do ovário policístico está associada a uma probabilidade duas vezes maior de desenvolver diabetes.
– Diabetes gestacional: Um fator de risco para pré-diabetes é um histórico de diabetes gestacional. Pesquisadores sugerem que um diagnóstico de diabetes gestacional aumenta o risco ao longo da vida de progressão para diabetes tipo 2 em até 60%.
– Dormir mal: Pesquisas já ligaram problemas de sono como a apneia obstrutiva do sono (SAOS), a um aumento do risco de resistência à insulina. De fato, um estudo descobriu que até 83% dos pacientes com diabetes tipo 2 sofrem de apneia do sono não reconhecida e o aumento da gravidade da apneia do sono está associada com uma piora do controle da glicose. As pessoas que são interrompidos inúmeras vezes durante toda a noite ou que trabalham em turnos ou no turno da noite têm um risco aumentado de pré diabetes.
Sintomas da pré-diabetes
Muitas vezes não há sintomas e sinais de pré-diabetes, e a condição pode passar despercebida. Mas pessoas com pré-diabetes podem experimentar alguns sintomas de diabetes, tais como um aumento da sede, urinar muitas vezes, sentindo-se cansado e ter visão turva.
Às vezes as pessoas com pré-diabetes desenvolvem acantose nigricans, uma condição da pele que faz com que uma ou mais áreas da pele a escureçam e engrossem. Evidências mostram que a acanthosis nigricans é frequentemente associada com a hiperinsulinemia e pode indicar um aumento do risco de diabetes mellitus tipo 2.
Algumas pessoas com pré-diabetes experimentam hipoglicemia reativa duas a três horas após uma refeição. A hipoglicemia também é chamada de baixa glicemia ou baixo nível de açúcar no sangue. Ocorre quando o nível de glicose no sangue cai abaixo do normal. A hipoglicemia é um dos sintomas mais comuns de pré-diabetes, é um sinal de comprometimento do metabolismo da insulina e um indicativo do desenvolvimento iminente de diabetes. Os sintomas da hipoglicemia tendem a vir rapidamente, e podem variar de pessoa para pessoa, mas os sintomas comuns incluem tremores, sudorese, cansaço, palidez, confusão, tontura e fome.
Tratamentos naturais para a pré-diabetes
1 – Perca o excesso de peso
Vários estudos têm demonstrado a eficácia das mudanças de estilo de vida na prevenção da diabetes com uma redução do risco relativo de 40% a 70% em adultos com pré-diabetes. A pesquisa mostra que as intervenções de estilo de vida que incidem a perda de peso, como o aumento da atividade física e mudanças na dieta, podem reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes. Um estudo publicado no New England Journal of Medicine revelou que, após a implementação dessas mudanças de estilo de vida, os pacientes tiveram uma redução do risco de diabetes 58%.
Outro estudo realizado na Universidade George Washington (EUA), mostrou que para cada quilo de diminuição de peso, o risco de desenvolver diabetes no futuro foi reduzido em 16%. Ao reduzir a ingestão de gordura saturada, aumentar a ingestão de fibras e fazer exercícios pelo menos quatro horas por semana, os pacientes apresentaram resultados positivos.
2 – Siga uma dieta para diabéticos
Em sua busca de perder peso e evitar os sintomas de pré diabetes você precisa seguir um plano de dieta para diabéticos e escolher os alimentos que ajudam a equilibrar os níveis de açúcar no sangue. Escolha refeições ricas em proteínas, fibras e gorduras saudáveis. Alimentos ricos em proteínas incluem salmão, carnes e ovos. Os alimentos que são ricos em fibras incluem frutas, aveia, repolho, goiaba, ervilha, sementes de linhaça e quinoa. Gorduras saudáveis, como o óleo de coco e azeite de oliva, beneficiam seus níveis de glicose no sangue e vão ajudá-lo a reverter os sintomas da pré-diabetes.
Um componente muito importante de uma dieta diabética é ficar longe do açúcar e reduzir a ingestão de carboidratos. O açúcar refinado aumenta os níveis de glicose no sangue. Em vez de usar açúcar refinado, use stévia ou mel com moderação.
3 – Aumente o consumo de cromo
O cromo é necessário pelo corpo em pequenas quantidades para o seu funcionamento saudável. Os suplementos de cromo podem ser usados para manter o metabolismo adequado de carboidratos e lipídios, reduzir os desejos de carboidratos e o apetite, prevenir a resistência à insulina e intolerância à glicose e regular a composição corporal. A deficiência dietética de cromo leva a distúrbios no metabolismo de carboidratos, aumenta o risco de intolerância à glicose e resistência à insulina, e pode levar à obesidade e diabetes tipo 2.
Alimentos ricos em cromo incluem: levedo de cerveja, aveia, carne vermelha, ovo, peito de frango, batata, banana, açaí, brócolis e cenoura.
4 – Magnésio
A deficiência de magnésio é uma das principais deficiências nutricionais em adultos. A deficiência de magnésio pode levar a outras deficiências de nutrientes, problemas para dormir e hipertensão, todos os fatores de risco para o desenvolvimento de pré diabetes.
Um estudo publicado em 2014 no Diabetes Care, descobriu que suplementos de magnésio foram benéficos para compensar o risco de desenvolver diabetes entre aqueles com alto risco. Em comparação com aqueles com menor ingestão de magnésio, aqueles com a maior ingestão tinham um risco 37% menor de comprometimento metabólico incidente, e uma maior ingestão de magnésio foi associada com um risco 32% menor de diabetes incidente. Você também pode obter magnésio a partir de sementes de abóbora, amêndoas, avelãs, espinafre, aveia, iogurte, arroz integral e abacate.
5 – Canela
A canela é uma rica fonte de polifenóis que tem sido usada há séculos na medicina chinesa e tem demonstrado que ajuda na redução da glicemia e sinalização da insulina. Uma pesquisa mostrou que a canela tem o poder de ajudar a inverter naturalmente contra a diabetes. Um estudo de 2011 publicado no Journal of Medicinal Food, revelou que a ingestão de canela, resultou em uma redução estatisticamente significativa da glicemia de jejum.
6 – Coenzima Q10
A coenzima Q10 (CoQ10) é um antioxidante que protege as células contra os efeitos do envelhecimento e ajuda a tratar condições inflamatórias da saúde como a diabetes. A inflamação de baixo grau e estresse oxidativo são os fatores-chave no desenvolvimento de diabetes e suas complicações, e a CoQ10 tem um papel vital na redução destes perigosos riscos para a saúde.
Um estudo de 2014 publicado no Journal of Diabetes e Doenças Metabólicas, revelou que os níveis de glicose em jejum foram significativamente menores no grupo que tomou suplementos de CoQ10. Você deve procurar um médico antes de usar suplementos de Q10.
7 – Ginseng
O ginseng é uma erva que funciona como um supressor natural do apetite. Outros benefícios do ginseng incluem sua capacidade para impulsionar o metabolismo e ajudar a queimar gordura em um ritmo mais rápido. Um estudo feito no Centro de Pesquisa de Medicina de Herbal, em Chicago (EUA), mediu os efeitos antidiabéticos e antiobesidade do ginseng em ratos adultos. Após cinco dias de ingestão de 150 miligramas de extrato de ginseng, os ratos tiveram níveis de glicose no sangue em jejum significativamente mais baixos. Após dez dias, a tolerância à glicose nos ratos aumentou, e os níveis globais de glicose no sangue diminuíram 53%. O peso corporal dos ratos também diminuiu com a mesma dose.
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A pré-diabetes é uma condição de alerta para o desenvolvimento da diabetes e deve ser cuidada de maneira adequada. Por isso, se você está com esse problema, faça o máximo possível para controlar seus níveis de glicose no sangue e assim, conseguir prevenir a diabetes.