Conheça as diferenças do DIU de cobre e DIU mirena
Nos anos 80 e 90 era comum saber de mulheres que engravidavam utilizando o DIU (Dispositivo Intra Uterino). Devido a isso o dispositivo intra-uterino ficou com uma má fama e muitas mulheres o deixaram de lado. Nos dias de hoje ele vem ganhando forças novamente, já que se trata de um método contraceptivo livre do risco de trombose que geralmente acaba afetando quem utiliza pílulas, adesivos e anéis anticoncepcionais. Para que está pensando em colocar o implante é bom saber dos prós e contras e desvendar todas polêmicas. Entenda tudo sobre o DIU a seguir:
DIU de cobre
Este tipo de DIU não tem hormônio algum. Ele é feito de cobre, um metal que não possui toxinas, não gera irritações e alergias e também não oferece risco algum para a saúde.
Esse tipo de Diu gera uma inflamação no endométrio, o tecido que cobre internamente o útero. As substâncias inflamatórias e células que passam a habitar o tecido fazem da cavidade uterina um lugar desagradável para o espermatozoide, o que impede que ele suba por esse espaço e fecunde o óvulo.
Quando a mulher para de usar esse modelo, o endométrio volta ao seu estado normal e as chances de ficar grávida também.
DIU em formato de T ou de ferradura
A duração do DIU de cobre varia de acordo com seu formato. Ele pode durar até 10 anos caso tenha o formato de T ou 5 anos caso o implante seja em formato de ferradura.
O formato de ferradura ocupa melhor o espaço dentro do útero, diminuindo o risco dele sair do lugar e o tornando mais eficaz. Já o de formato de T tem maior chance de se deslocar.
DIU mirena
O DIU de hormônio tem uma duração de 5 anos e tem formato de Y, mas quando fixado ele adota o formato de um T. Esse tipo de dispositivo libera o hormônio progesterona, que age de duas maneiras: Ele engrossa o muco cervical, a secreção produzida no colo do útero que é responsável por facilitar o deslocamento do esperma para dentro do útero, afinando o endométrio e dificultando a implantação do óvulo.
Eficácia do método contraceptivo DIU
De acordo com a OMS, o Diu de cobre tem 0,8% de chances de gravidez, enquanto o DIU de mirena que libera hormônios tem uma taxa de 0,2% de engravidar.
Quem pode utilizar o DIU?
Para utilizar o dispositivo você deve se consultar com seu ginecologista e fazer um ultrassom para saber se você possui pólipos e miomas no útero. Nesses casos, pode ser que o implante não fique bem adaptado. Isso também pode ocorrer em casos que a mulher possui um útero muito grande.
Quem ainda não teve filho pode usar?
Não é necessário que a mulher já tenha tido filho uma vez pelo menos para utilizar o dispositivo. O que ocorre é que, como o útero já recebeu um “corpo” e sofreu alterações, ele não irá rejeitar o dispositivo, mas não ter engravidado antes não é uma contraindicação.
Como é colocado o DIU?
Com o uso de um espéculo, aparelho usado para afastar as paredes do canal do vaginal, o ginecologista introduz o Diu através do canal do vaginal até o útero, com o fio ficando no canal. Esse procedimento não necessita hospitalização e pode ser colocado ali mesmo no consultório.
O DIU interfere em algo da menstruação?
O Diu pode provocar um período de menstruação mais longo, com maior intensidade no sangramento e mais dores, apenas em algumas mulheres e principalmente nos primeiros meses da inserção do dispositivo. Mas isso é regularizado depois de um tempo.
Riscos de usar o Diu
Perfuração do útero
É um caso raro que pode ocorrer quando o dispositivo está sendo colocado. Acontece quando o músculo se contrai e o dispositivo acaba entrando no miométrio.
Queda do dispositivo
Em alguns casos como já citamos pode ocorrer do DIU ser expulso pelo útero, pois o mesmo reconhece como um corpo estranho. Por isso é importante fazer um retorno ao ginecologista após um mês da colocação para verificar se o dispositivo está no local correto.
Gravidez ectópica
Existe a possibilidade da mobilidade das trompas estarem diminuídas. Nesse caso o óvulo não se prende na parede do útero e sim nas trompas, no colo do útero ou mesmo na cavidade abdominal.
Cistos
Pode ocorrer de acontecer o aparecimento de cistos no útero em consequência da colocação do dispositivo, causando retenção de líquidos e um pouco de dor. Mas se for o caso fique tranquila que eles costumam diminuir e desaparecer sem precisar de tratamentos específicos.
Casos de gravidez com DIU
Em casos de gravidez com o dispositivo é recomendado fazer um ultrassom e se ele estiver abaixo do feto, ele pode ser retirado e a extração do DIU é guiado por um exame de imagem. Caso contrário e o dispositivo estiver por cima, o melhor a se fazer é deixa-lo onde está. Em relação ao aumento das chances de aborto, elas aumentam muito discretamente.
Mais informações
Embora muitos não saibam, existe a opção do dispositivo ser colocado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) -nesse caso o de cobre-. O preço para quem for pagar diretamente pela colocação do implante varia muito, porque também é incluído os honorários do ginecologista. O valor do dispositivo pode variar de R$100 a R$700, sendo que os valores mais baratos são do DIU de cobre e os mais caros do Diu hormonal. Quanto ao valor para coloca-lo em um procedimento particular varia de R$200 a R$600.
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