7 maneiras simples de tratar o lúpus de forma natural
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica em que o sistema imunitário ataca os tecidos e órgãos saudáveis do corpo. Isso faz com que haja altos níveis de inflamação persistente, que podem afetar negativamente quase todas as partes do corpo: coração, articulações, cérebro, rins, pulmões e glândulas endócrinas, por exemplo.
Os sintomas do lúpus são muito semelhantes a muitas outras condições de saúde, tais como distúrbios da tireoide, doença de Lyme e fibromialgia, por isso pode ser muito difícil de diagnosticar essa doença.
Enquanto algumas pessoas com lúpus são capazes de levar vidas muito normais, outros pacientes com lúpus lidam com sintomas graves que podem, por vezes, ser debilitantes. Os sinais e sintomas do lúpus mais comuns incluem fadiga, dores de cabeça, dor nas articulações, insônia, problemas gastrointestinais e erupções cutâneas.
Leva muitos anos até que os pacientes com lúpus possam ser diagnosticados com precisão. Hoje, os medicamentos convencionais para lúpus incluem drogas corticosteroides, analgésicos, medicamentos para tireoide e medicamentos de reposição hormonal sintéticos, que ajudam a combater a inflamação, mas podem causar muitos efeitos colaterais indesejados e até mesmo problemas de saúde a longo prazo.
Há também a possibilidade de remédios naturais, suplementos, exercício e uma dieta saudável com alimentos anti-inflamatórios, que ajudam a controlar os sintomas e melhorar a função imunológica em geral, sem aumentar o risco de complicações.
O que causa o lúpus?
O lúpus é uma condição inflamatória que é desencadeada por uma série de fatores que fazem com que o sistema imune ataque erroneamente o próprio tecido saudável do corpo.
A causa exata do lúpus ainda não está totalmente entendida pela comunidade médica, mas os pesquisadores sabem que a genética e o estilo de vida desempenham um papel no desencadeamento da inflamação. Outras potenciais causas do lúpus incluem reações alérgicas, vírus, estresse emocional, perturbações de estrogênio devido a gravidez ou nascimento, desequilíbrios hormonais, má digestão e toxicidade.
Fatores de risco lúpus incluem:
– Ter a susceptibilidade genética e uma história familiar de lúpus ou outras desordens autoimunes.
– Mulheres (90% de todos os pacientes de lúpus são mulheres).
– Pessoas com idades entre 15-45. Mulheres de idade fértil são mais propensas a desenvolver lúpus.
– Ter uma dieta pobre com deficiências nutricionais.
– Ter problemas gastrointestinais, incluindo a síndrome do intestino solto.
– Sofrer de alergias alimentares e sensibilidades.
– Exposição à toxicidade.
Sintomas do lúpus
O lúpus provoca sintomas tanto diretos (devido à inflamação) e também indiretos devido ao agravamento dos níveis de estresse. Muitos pacientes com lúpus sofrem psicologicamente e lidam com os sintomas de ansiedade, depressão, perda de memória e insônia, parcialmente porque o lúpus pode causar danos nos nervos da medula espinhal e inflamação do cérebro, mas também porque a luta contra o lúpus pode ser muito difícil.
Os sintomas mais comuns do lúpus incluem:
– Fadiga crônica
– Dores nas articulações
– Dores musculares
– Rigidez, inchaço e edema
– Falta de ar e dores no peito
– Dores de cabeça
– Febre
– Erupções na pele
– Depressão e ansiedade
– Insônia
– Visão turva e olhos secos
– Feridas e úlceras
– Anemia e fraqueza
– Perda de memória e confusão
Pessoas com lúpus podem sofrer de outras complicações, incluindo maior risco de pressão arterial alta e doenças cardíacas, danos nos rins, danos nos pulmões, infecções, convulsões e acidente vascular cerebral.
Alimentos para evitar
A alimentação está diretamente relacionada com o lúpus, podendo ajudar no tratamento ou piorando essa condição. Alguns alimentos que podem contribuir para piorar os sintomas do lúpus e doenças autoimunes incluem:
– Glúten: O glúten é um tipo de proteína presente no trigo, cevada, centeio e a maioria dos produtos contendo farinha. A intolerância ao glúten é comum porque é difícil para muitas pessoas digeri-lo corretamente. Isto pode aumentar a síndrome do intestino solto e a inflamação ou desencadear uma lúpus.
– Gordura trans e gorduras saturadas: Essas gorduras são encontradas em fast food, alimentos fritos e alimentos embalados/processados, e pode levar a inflamações e problemas cardíacos. Algumas pessoas com lúpus têm dificuldade em metabolizar gorduras saturadas e devem limitar esses alimentos.
– Açúcar: Muito açúcar pode estimular demais o sistema imunológico e aumentar as dores.
– Alimentos ricos em sódio: O lúpus pode danificar os rins, por isso é melhor tentar manter os níveis de sódio e sal baixos para evitar a retenção de líquidos, inchaços e desequilíbrios eletrolíticos.
– Álcool e excesso de cafeína: Estes podem aumentar a ansiedade, piorar a inflamação, danificar o fígado, aumentar a dor, causar desidratação e problemas relacionados com o sono.
– Alguns legumes: sementes de alfafa e seus brotos, feijão verde, amendoim, soja e ervilhas contêm uma substância que desencadeia o lúpus em alguns pacientes (não todos).
Tratamento natural para o lúpus
Diversas terapias naturais e medicinas alternativas podem ajudar a controlar os sintomas do lúpus. Estes podem incluir a homeopatia e o uso de ervas, quiropraxia, medicina tradicional chinesa (como acupuntura e tai chi), ioga, naturopatia, massagem e meditação. Aqui estão algumas das opções de tratamento natural para o lúpus:
1 – Dieta anti-inflamatória
Uma pesquisa mostra que uma dieta saudável é muito importante para a gestão do lúpus, porque ajuda a controlar a inflamação decorrente da má saúde do intestino e reduz o risco de complicações, como doenças cardíacas, além de proporcionar energia e reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos. Os melhores alimentos para o lúpus incluem:
– Alimentos orgânicos: eles ajudam a reduzir a exposição aos aditivos sintéticos, toxinas ou pesticidas dos alimentos não-orgânicos.
– Vegetais crus: promovem um corpo alcalino, reduzem a inflamação e melhoram a digestão.
– Peixes: consumir gorduras boas como o ômega 3 ajuda a reduzir a inflamação, o risco de doença cardíaca e dores no corpo. As melhores fontes incluem salmão, sardinha, arenque, cavala, atum e linguado.
– Alimentos antioxidantes: incluem verduras, alho, cebola, aspargos, abacate e mirtilos. Estes alimentos são ricos em fibras, vitamina C, selênio, magnésio e potássio, que ajudam a evitar danos dos radicais livres, reparam eventuais danos nas articulações e reduzem a fadiga.
– Caldo de osso: essa receita pode reduzir os sintomas de doenças autoimunes e inflamatórias que estão associadas com o lúpus.
– Certos alimentos também podem ajudar a aliviar a irritação e o ressecamento da pele o que é frequentemente associado com lúpus. Alimentos para ajudar a hidratar a pele de dentro para fora incluem: abacate, nozes e sementes como chia, linhaça e amêndoas (também são excelentes fontes de fibras e ômega 3), óleo de coco e azeite de oliva, pepino e melão. Além disso, você deve beber muita água diariamente.
2 – Exercício físico
De acordo com um estudo publicado no Journal of the Arthritis Health Professionals Association, o exercício regular é importante para o tratamento do lúpus, por muitas razões. Exercício reduz o estresse, ajuda com a qualidade do sono, deixa o coração e os pulmões mais fortes, fortalece os ossos, reduz a dor nas articulações, melhora a flexibilidade e amplitude de movimento e reduz o risco de complicações.
O exercício físico é uma ferramenta muito útil para melhorar a aptidão cardiovascular, reduzindo anormalidades metabólicas e fadiga, e melhorar a qualidade de vida em pessoas com lúpus. Isso significa que você pode adicionar os exercícios físicos à sua lista de tratamento do lúpus.
Apesar de ser ótimo para o tratamento dessa doença, você deve começar devagar com os exercícios, pois o lúpus pode causar fadiga crônica, desequilíbrio eletrolítico e anemia. Atividades que podem ser benéficas para as pessoas com lúpus incluem: caminhada, natação, hidroginástica, tai chi, ioga, ciclismo, pilates ou uma máquina elíptica, cerca de 20-30 minutos ao dia.
3 – Redução do estresse
Uma pesquisa mostrou que o estresse psicológico e emocional pode desencadear lúpus (e outras doenças autoimunes) ou aumentar as respostas inflamatórias. O lúpus também pode ser muito imprevisível e causar alterações do sistema nervoso central, o que leva a desconforto psicológico e ansiedade grave.
Muitas pessoas têm encontrado na meditação, ioga e acupuntura o segredo para aliviar o estresse. Outras maneiras de ajudar a controlá-lo incluem técnicas de respiração, exercício, orar, leitura, juntar-se a um grupo de apoio e usar óleos essenciais.
4 – Descanso
Estudos publicados no International Journal for Clinical Rheumatology mostraram que 80% dos pacientes com lúpus têm fadiga como um dos seus principais sintomas. A fadiga é um grande obstáculo para a maioria das pessoas com lúpus, por isso é essencial ter uma boa qualidade do sono e também descansar algumas vezes durante o dia.
A maioria das pessoas com lúpus precisa dormir pelo menos oito a nove horas por noite, e algumas também precisam tirar um cochilo durante o dia para manter sua energia. Um problema é que a insônia também pode ser um efeito colateral do lúpus, por vezes, devido a um aumento dos níveis de ansiedade.
5 – Proteger a pele sensível
O lúpus eritematoso cutâneo é um tipo do lúpus, que abrange uma ampla gama de sintomas dermatológicos. Estudos mostram que até 90% das pessoas com lúpus desenvolvem erupções cutâneas. É possível desenvolver lesões que deixam a pele vermelha, causam coceira, descamação e sensibilidade à luz solar (fotossensibilidade).
Erupções cutâneas associadas com o lúpus são causadas por uma resposta inflamatória subjacente. É importante proteger a pele sensível de irritantes e também do sol se a pele começa a mostrar sinais de uma erupção cutânea, urticária ou vermelhidão. Certos produtos químicos em produtos de uso doméstico ou de beleza (como loções, detergentes e maquiagem) podem agravar a inflamação da pele e causar mais ressecamento e coceira.
6 – Suplementos
Suplementos que podem ajudar a reduzir as deficiências de nutrientes e inflamação incluem:
– Ômega 3 (2.000 miligramas por dia): o óleo de peixe é fundamental para reduzir a inflamação. Um estudo de 2016 com camundongos fêmeas constatou que o consumo de DHA combateu os sintomas do lúpus.
– Vitamina D3 (2.000-5.000 UI diariamente): pode ajudar a modular o sistema imunológico e reduzir depressão e ansiedade. Também é importante para o equilíbrio hormonal e saúde dos ossos, juntamente com cálcio.
– Chlorella ou spirulina: funcionam como alcalinizantes do corpo, fornecendo eletrólitos, aumentando funções hepáticas e renais, e fornecendo nutrientes de cura.
– Cúrcuma: funciona de forma semelhante a drogas esteroides utilizadas para combater a inflamação e dor.
7 – Tratamentos alternativos
Outros tratamentos alternativos para o lúpus incluem:
– Óleos essenciais e aromaterapia: óleos essenciais para o lúpus incluem óleo essencial de olíbano (eficaz na redução da inflamação), óleos de lavanda e gerânio (usados para tratar a inflamação da pele) e óleo de gengibre (usado para problemas digestivos).
– Quiroprática: Pode ajudar com os problemas de coluna, tratar dores de cabeça e reduzir a dor nas costas ou dor nas articulações.
– Ioga e alongamento: melhoram a flexibilidade, podem ajudar com a dor nas articulações inferiores e melhorar a amplitude de movimento. De acordo com a Universidade de John Hopkin (EUA), a ioga também incentiva o aumento da consciência corporal e atenção.
– Banhos de desintoxicação utilizando sais de Epsom.
– Acupuntura: eficaz para o tratamento da dor crônica.
– Massagem terapêutica: pode ajudar a reduzir o estresse, rigidez muscular, dor e inchaço.
– Meditação: pode ajudar as pessoas a lidar melhor com o estresse, depressão e tensão crônica ou dor.
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O lúpus é geralmente tratado por numerosos medicamentos com uma combinação de mudanças de estilo de vida. Isso pode causar muitos efeitos colaterais e, por vezes, dependência de drogas e um risco muito maior para outros problemas de saúde, por isso, é importante buscar um tratamento natural para essa doença.