A palavra Aids vem das iniciais da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, que é a incapacidade do sistema imunológico para lidar com as infecções e outros processos patológicos. Essa doença é o resultado de exposição a infecção pelo vírus HIV, o que facilita o desenvolvimento de novas infecções oportunistas, tumores e outras condições de saúde. Este vírus permanece dormente e destrói um certo tipo de linfócitos (glóbulos brancos), células do sistema imunitário responsáveis pela defesa do organismo.
O que é Aids
A Aids é o estágio mais avançado da infecção causada pelo HIV. Os nomes HIV e AIDS podem ser confundidos porque ambos os termos descrevem a mesma doença. Mas a maioria das pessoas que são HIV positivas não têm AIDS. Diz-se que uma pessoa soropositiva tem Aids quando seu sistema imunológico fica tão fraco que não consegue combater certos tipos de infecções e cânceres.
Em geral, uma vez que uma pessoa torna-se infectada com HIV até ela desenvolver a Aids, há um período assintomático, que geralmente dura cerca de 10 anos. Durante este tempo o sistema imunológico é submetido a destruição progressiva até atingir uma fase crítica quando o paciente está em alto risco de infecções e tumores.
Sintomas da Aids
Tenha em mente que a doença pode se manifestar de formas diferentes em cada pessoa. Por isso, algumas podem não ter sintomas iniciais quando infectadas com o vírus, enquanto outras apresentam sintomas que não são específicos, mas são comuns a muitas doenças.
Os primeiros sintomas mais comuns da Aids podem incluir gripe, febre, fraqueza, transpirações noturnas, erupção cutânea, diarreia, perda de peso, aparecimento de gânglios nas axilas, virilhas e pescoço, dor de garganta e dificuldades no desenvolvimento no caso das crianças.
Algumas pessoas passam anos sem sintomas até que desenvolvam AIDS. Em todo este tempo, o seu sistema imunitário é enfraquecido pela ação do vírus. Conforme diminui à medida da contagem de linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos que defendem o organismo) aumenta a probabilidade do paciente ser afetado por certas doenças, tais como:
– Tuberculose.
– Vírus do herpes simples.
– Candidíase oral ou vaginal.
– Herpes zoster.
– Linfoma de Hodgkin.
– Sarcoma de Kaposi.
– Pneumonia.
– Esofagite Candida.
– Angiomatose bacilar.
– Meningite.
– Encefalite por toxoplasmose.
– Diarreia Cryptosporidium.
Apesar de existirem sintomas, eles não são o suficiente para detectar essa doença, por isso, em caso de dúvida, faça o teste de HIV (que é gratuito, seguro e confidencial), pois o diagnóstico precoce melhora sempre o prognóstico da AIDS.
Tenha em mente que, embora o teste é muito sensível e pode detectar quantidades muito pequenas de anticorpos, se o resultado for positivo, é necessário realizar um segundo teste para confirmar a infecção.
Transmissão
As três principais vias de transmissão da Aids incluem parenteral (transfusão de sangue, compartilhamento de seringas entre usuários de drogas, agulhas de câmbio intramusculares), sexo sem camisinha (homossexual ou heterossexual, que inclui sexo vaginal, anal e oral) e mãe e filho (transplacentária, antes do nascimento, no parto ou através da amamentação).
O vírus da Aids não é transmitido de outras maneiras como através do beijo no rosto ou na boca, abraço, aperto de mão, carinho, suor ou lágrima, uso de sabonete, toalha ou lenços, talheres e copos, piscina, banheiro, picada de inseto ou pelo ar. Por isso, é possível conviver com uma pessoa portadora de HIV ou da Aids.
Cura da Aids
Neste momento, não há cura da Adis ou HIV, mas existem tratamentos disponíveis e oferecidos gratuitamente pelo governo para controlar os sintomas e reduzir a quantidade de cópia (réplica) do próprio vírus. O tratamento também pode melhorar a qualidade e a duração de vida em pessoas que já desenvolveram sintomas.
A Terapia Anti-retroviral inibe a replicação do vírus do HIV no corpo. A combinação de medicamentos anti-retrovirais, chamada de Terapia Anti-retroviral (ART) e Terapia Anti-retroviral Altamente Ativa (HAART) é muito eficaz na redução da quantidade de HIV no sangue. Impedir que o vírus se reproduza pode melhorar a contagem de células T (grupo de glóbulos brancos do sangue) e ajudar o sistema imunitário a recuperar da infecção por HIV.
As pessoas que estão recebendo a Terapia Anti-retroviral e com níveis reduzidos de HIV, igualmente podem transmitir o vírus para outras pessoas através do sexo ou compartilhamento de agulhas. A terapia anti-retroviral pode prolongar e melhorar a vida se o nível de HIV permanece baixo e a contagem CD4 (molécula que se expressa na superfície de algumas células T) permanece elevada (acima de 200 células/mm 3).
O HIV pode se tornar resistente à uma combinação de Terapia Anti-retroviral. Isso ocorre principalmente em pacientes que não tomam os seus medicamentos no horário todos os dias. Com os testes, você pode verificar se uma estirpe de HIV é resistente a um determinado medicamento. Esta informação pode ajudar o médico a encontrar a melhor combinação de drogas e ajustá-los quando começam a falhar.
Quando o HIV se torna resistente à Terapia Anti-retroviral, você tem que usar outras combinações de drogas para tentar suprimir a cepa do HIV resistente. Existe uma nova variedade de drogas no mercado para o tratamento de HIV chamadas de farmacorresistente.
O tratamento com Terapia Anti-retroviral tem complicações, como cada droga tem seus próprios efeitos colaterais. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns são:
– Depósitos de gordura nas costas e abdômen
– Diarreia
– Mal-estar geral
– Dor de cabeça
– Náuseas
– Fraqueza
Quando utilizado por um longo período de tempo, esses medicamentos aumentam o risco de ataque cardíaco, através do aumento dos níveis de colesterol e glicose (açúcar) no sangue.
As pessoas que recebem Terapia Anti-retroviral precisam de acompanhamento médico para detectar possíveis efeitos colaterais e exames de sangue para medir a contagem de CD4 e carga viral do HIV, provavelmente, a cada três meses. O objetivo é obter uma contagem de CD4 próxima do normal e reduzir a quantidade de vírus HIV no sangue.
Os medicamentos podem ser prescritos para tratar problemas relacionados com a Aids, tais como anemia e baixa contagem de células brancas do sangue, bem como para prevenir infecções oportunistas.
Prevenção da Aids
– Não use drogas ilícitas e não compartilhe agulhas ou seringas.
– Evite o contato com o sangue de outra pessoa. Se possível, use roupas de proteção, máscaras e óculos de proteção quando cuidar de pessoas feridas.
– Se você receber um resultado positivo para o HIV, pode transmitir o vírus para outras pessoas. Por isso, não doe sangue, plasma, órgãos ou sêmen.
– Mulheres HIV positivas que planejam engravidar devem conversar com seu médico sobre os riscos para o feto, e também discutir métodos para evitar que o bebê seja infectado, como tomar a medicação durante a gravidez.
– A amamentação deve ser evitada para prevenir a transmissão do HIV para o bebê através do leite materno.
As práticas sexuais mais seguras, como o uso de preservativos de látex são eficazes na prevenção da transmissão do HIV. No entanto, existe o risco de infecção, mesmo com o uso de preservativos. A abstinência é a única forma segura de prevenir a transmissão sexual do HIV. Pacientes HIV positivos que tomam medicamentos antirretrovirais são menos propensos a transmitir o vírus.
Se você acha que foi exposto ao HIV, procure um médico imediatamente. Não demore. Começar o quanto antes o tratamento com medicamentos antivirais pode reduzir as chances de infecção. Isso é chamado de Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e tem sido usado para prevenir a transmissão em profissionais de saúde feridos por picadas de agulha.
Mais informações
É importante saber cuidar da Adis para ter uma melhor qualidade de vida e evitar complicações à saúde. Além disso, o uso de preservativos para evitar essa e outras doenças sexualmente transmissíveis, além de uma gravidez indesejada, também é essencial. Também é preciso saber usar e descartar corretamente a camisinha após o ato sexual para evitar um possível contágio.